GEOdiversidade e BIOdiversidade

Valter Gama de Avelar[1]

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[1] Doutor em Geociências; professor/pesquisador Associado IV, dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação/Mestrado em Geografia, da Universidade Federal do Amapá. E-mail: valtergamaavelar@gmail.com  

A RELAÇÃO ENTRE A GEOdiversidade e a BIOdiversidade é fundamental para a CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, pois ambos estão interligados e influenciam-se mutuamente.

A GEOdiversidade refere-se à variedade de formas de relevo, solos, rochas, minerais, e processos geológicos que ocorrem em um determinado ambiente. Essa diversidade geológica cria diferentes habitats e microhabitats, que por sua vez suportam uma variedade de seres vivos. A GEOdiversidade fornece os recursos necessários para a vida, como: ÁGUA, NUTRIENTES E ESPAÇO, e influencia fatores como CLIMA e ECOSSISTEMAS (Gray, M., 2011).

Já a BIOdiversidade, por sua vez, abrange a diversidade de organismos vivos, incluindo sua variedade genética, espécies e ecossistemas. A presença de DIFERENTES FORMAÇÕES GEOlógicas E SOLOS RICOS EM NUTRIENTES pode levar ao surgimento de uma flora e fauna diversificada, adaptada a essas condições específicas (Whittaker, R. J., & Fernández-Palacios, J. M., 2007).

A integração da GEOdiversidade na BIOdiversidade destaca a importância de uma abordagem holística na conservação e gestão ambiental. Proteger a GEOdiversidade é essencial não apenas para a preservação dos processos GEOlógicos, mas, principalmente, para a conservação da vida em nosso planeta Terra.

EXEMPLO DA RELAÇÃO DA GEODIVERSIDADE (ABIÓTICO) COM A BIODIVERSIDADE (BIÓTICO)

– Qual o tipo de solo (ABIÓTICO) é ideal para o Ipê ROSA (Handroanthus heptaphyllus -BIÓtico) e para o Ipê Amarelo (Handroanthus albus-BIÓtico), se desenvolverem?

O Ipê Rosa se desenvolve melhor em solos arenosos-argilosos que tenham boa capacidade de retenção de água, mas que não fiquem encharcados, ricos em matéria orgânica e com pH ligeiramente ácido a neutro. Além disso, o Ipê Rosa aprecia solos que possuam boa fertilidade e que estejam livres de compactação. É importante também que a planta receba luz solar direta para um crescimento saudável.

Figura 1 – Ipê Rosa (Handroanthus heptaphyllus), localizado na Av. Claudomiro de Moraes, em Macapá, capital do estado do Amapá (Foto: Valter Avelar, 21/09/2025)

Já o Ipê-amarelo (Handroanthus albus) necessita de solo argiloso-arenoso bem drenado, com um intervalo de pH do solo entre 6,5 e 8 é crucial para o desenvolvimento saudável do Ipê-amarelo. Incorporar matéria orgânica, como composto, melhora a fertilidade do solo e atende às necessidades de nutrientes do Ipê-amarelo.

Figura 2 – Ipê Amarelo (Handroanthus albus), localizado na Primeira Travessa do Conjunto da EMBRAPA, em Macapá, capital do estado do Amapá (Foto: Valter Avelar, 11/09/2024)

GEOabraço

Prof. Dr. Valter Gama de Avelar (Geólogo/Pesquisador/Coordenador do Grupo de Pesquisa GEOdiversidade do Amapá/GPGEO, do Programa de Pós-Graduação em Geografia/PPGEO, da Universidade Federal do Amapá/UNIFAP

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