Macapá, 18 de dezembro de 2025.
Valter Gama de Avelar[1]
[1] Doutor em Geociências; Universidade Federal do Amapá/UNIFAP – Departamento de Filosofia e Ciências Humanas/DFCH – Coordenação do Curso de Geografia/COGEO – Professor/Pesquisador do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Geografia da UNIFAP; Coordenador do Grupo de Pesquisa GEOdiversidade do Amapá/GPGEO. Coord. do Projeto Inventário do GEOPatrimônio do Estado do Amapá/PIGEO-AP; Coord. Projeto Áreas de Riscos Naturais e Prevenção/PARNP. E-mail: valtergamaavelar@gmail.com
Dizem que a geologia é a ciência que estuda o peso do tempo, as camadas da terra e a solidez das rochas. Mas, na manhã do dia 18/12/2025, na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), descobrimos que a geologia também pode flutuar. Ela flutua quando o reconhecimento público transforma anos de trabalho técnico em emoção pura.
Se alguém passasse pelos corredores da ALAP e tivesse um detector de minerais raros, o aparelho teria estourado a escala. Havia, sem sombra de dúvida, a maior concentração de GEÓlogos por metro quadrado de Macapá. Não era um congresso, nem uma saída de campo; era um GEOencontro de almas afins, reunidas para receber o MÉRITO DE MOÇÃO DE APLAUSOS, uma honraria proposta pelo Deputado Estadual Jesus Pontes.
O motivo? O suor derramado sobre os mapas e o solo amapaense. A homenagem celebrou os relevantes serviços prestados pela nossa equipe de Geologia, Recursos Minerais, Geomorfologia e Risco Geológico para a construção do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Estado do Amapá. Ali estavam eles, meus GEOamigos: Admilson Torres, com sua experiência teve o timão nas mãos; Wagner Costa e Cleane Pinheiro, pilares de competência; a incansável Indyhara Favacho; o preciso Marcelo Oliveira; e os grandes Flávio Souto e Marcos Abreu.
Enquanto a cerimônia prosseguia, olhei para o lado e vi rostos que conhecem o Amapá não apenas por fotos, mas pelo toque da mão na rocha, pela bota suja de lama, pelo olhar clínico sobre a paisagem. Tive a honra de somar e gerar GEOconhecimentos com gigantes.
Quando o nome do GPGEO da UNIFAP ecoou — “PRESENTE!” —, senti que a universidade cumpria seu papel, ultrapassando os muros do campus e ajudando a planejar o futuro do nosso estado.

Mas, como toda boa crônica, a parte técnica é apenas o cenário onde a vida acontece. O prêmio brilha no metal da placa, mas a luz verdadeira vem de outro lugar.

Receber aplausos é bom, mas saber para quem dedicá-los é o que dá sentido à jornada. Por isso, enquanto segurava essa honraria, meu pensamento viajou para fora daquele plenário. Dedico este momento a você, meu amor, Rosangela Avelar, pelo suporte incondicional. E, com o peito cheio de gratidão, igualmente, dedico aos nossos amados filhos: Lucas Avelar e Diogo Avelar. Sem vocês, nada disso teria cor, nada disso teria propósito. Vocês são a minha “rocha matriz”, a base de tudo.
Esta vitória é vivida com toda a família Gama de Avelar. E, num silêncio respeitoso e cheio de saudade e amor, homenageio a minha mamãe Nilda. Onde quer que a essência dela esteja, sei que hoje ela sorri com este tão grande reconhecimento.
O ZEE desenha os limites e as potencialidades da terra. Nós, GEÓlogos, descrevemos o meio físico. Mas é o amor da família e a lealdade dos amigos que desenham a cartografia do coração.
Parabéns a nós. GRATIDÃO. GEOabraços⚒️🌎⚒️🌎⚒️🌎
Dr. Valter Gama de Avelar (GEÓlogo 5 GEOs do GPGEO e do PPGEO da UNIFAP)
Coord. do GRUPO DE PESQUISA GEOdiversidade DO AMAPÁ (GPGEO)
Projeto ÁREAS DE RISCOS NATURAIS-ANTRÓPICOS E PREVENÇÃO (PARNAP)
Projeto INVENTARIAÇÃO DA GEOdiversidade DO AMAPÁ (PIGEO-AP)
Projeto GEOciências NAS ESCOLAS DO AMAPÁ (PGEO-AP)
